Textos sobre tudo e sobre nada. No fundo, uma plataforma para reclamar da vida e dos erros ortográficos das pessoas, senão não seria uma aluna de letras.
Textos sobre tudo e sobre nada. No fundo, uma plataforma para reclamar da vida e dos erros ortográficos das pessoas, senão não seria uma aluna de letras.
Todo o início tem um fim. É como um círculo que deixa de o ser se não se fechar, por isso os fins são inevitáveis e implacáveis em toda a nossa vida.
Aquela que foi a fase que mais esperei na minha vida académica acabou por chegar de uma maneira extremamente injusta e ingrata: ser finalista. Ao longo destes anos aprendi que tudo é efémero, que nem todas as pessoas são para permanecer na nossa vida e, as que queremos que permaneçam, por vezes, seguem caminhos que não se cruzam com os nossos. A universidade ensinou-me a lutar pelos meus objetivos, mas principalmente e a nunca desistir – “quando se fecha uma porta, abre-se uma janela”.
Ser finalista em 2020 é uma sensação agoniante que parece esconder todas as emoções que um finalista deveria viver, mas que nos traz uma grande tristeza quando nos lembramos das tradições e rituais que não vão ser cumpridos. Este ano, cada finalista tem o seu coração apertadinho por não estar a aproveitar o seu último ano com quem tornou o seu percurso único e inesquecível. Hoje, nenhum de nós está preocupado com o facto do traje não servir. O que nos paira no pensamento e, principalmente, no coração é um sentimento doloroso e sofrido de quem quer comemorar o sucesso e não pode.
É desagradável e, até mesmo, penoso saber que não vamos celebrar da forma que queríamos, mas todos sabemos que é o mais seguro. Trabalhamos por um bem que é comum a todos e sacrificamos, como todas as pessoas, uma parte importante da nossa vida pela saúde pública. Um dia iremos trajar pela última vez e celebrar tudo o que ficou para trás e se tal não acontecer, restam-nos então as memórias de capa negra e as tardes que, um dia, Coimbra nos proporcionou.
Quem me conhece sabe que adoro bons preços e boas oportunidades para ajudar o mundo, mas quando estes dois se juntam o meu coração fica bem quentinho! 🥰🥰 Já sabia da existência da To good to go, mas nunca tinha experimentado, porque achava que o desperdício dos restaurantes/cafés era tão pouco que não valia a pena. Bem... Estava redondamente en-ga-na-da: Há toneladas de comida (com qualidade) desperdiçada todos os dias no nosso país. 😩 O conceito desta aplicação veio mudar o mundo na medida em que todos os "restos" do dia podem ser aproveitados por alguém por um preço (MUITO) mais baixo do que o normal. Ou seja, o que, normalmente, vale 10€ pela app custa cerca de 3€ - o único senão é que nunca sabemos o que vamos buscar (uma vez que isso depende do que sobra).
A minha primeira experiência foi num café da baixa de Coimbra (Café Sofia), mas não o fiz sem ler várias opiniões e sem ver diversos testemunhos. Encontrei muitas pessoas que se diziam desiludidas por alguns estabelecimentos não perceberem o conceito, por isso ia a medo. 😬 Era fim de tarde e a montra daquele café estava quase cheia (naquele momento é percebi realmente a quantidade de alimentos que iam ser estragados). Como foi a primeira vez que utilizei a app, optei pela box mais barata (2,99€), porque se houvesse prejuízo não ia sair assim tão prejudicada 😅. No entanto, este receio todo não se justificava, uma vez que a dona do estabelecimento demonstrou ser uma excelente anfitriã e perceber a filosofia do movimento. 🥰🥰 Abaixo está a lista do que trouxe na minha box (nem deu tempo para tirar foto 🤣) e aqui está o meu conselho de utilizarem esta app. Mais do que preços baixos, estamos a ajudar o planeta! 🌍
Quem me conhece sabe o gosto que tenho pelas plantas, mas há um tempo para cá deixei os vegetais e dediquei-me aos meus cactos e suculentas. 🌵 É certo que são plantinhas muito giras, mas não há luvas que aguentem – as minhas mãos parecem lixas e as minhas unhas parecem as das meninas da ribeira do Sado. 🤢🤢
A aventura começou logo no supermercado, quando eu queria adotar um pequeno cacto e não sabia como pegar-lhe sem me picar toda. A minha cabeça iluminou-se quando me lembrei de ir à padaria buscar umas luvas, mas o problema surge quando há uma longa fila à minha frente para o bico do dia.🍞 Optei por ir à frutaria buscar um saco plástico (que, ATENÇÃO, depois foi reutilizado) e, quando voltei, já não havia o cacto que eu queria. 🤬🤬 Ou seja, nos dois minutos em que eu decidi a melhor estratégia para adotar um pequeno ser maligno, veio alguém com mãos de metal ou assim e levou-me o meu bebé que ficou órfão de mãe 😢 – pelo menos orfão de uma mãe tão boa como eu. 🤣
Após mais um drama na minha trágica vida e de fazer as minhas comprinhas, eis que Nossa Senhora dos Cactos me surge e eu me ajoelho diante dela, suplicando que a alma penada que levou o meu ex-futuro-filho desistisse da ideia peregrina que tinha tido. 🙇♀️ 🙇♀️ Por fim e chegando à caixa ali estava intacto o Facto (o meu cacto) abandonado na balança dos pêssegos, mesmo atrás da moça que trabalhava afincadamente e pergunto-lhe com cara de cachorrinho abandonado se posso levá-lo. 🥺🥺
Fui feliz e contente para casa, sentindo-me uma mãe que tinha recuperado um filho retirado pela CPCJ e, quando cheguei, deixei-o cair à porta e matei o Facto. Sinto que se ele tivesse ido para um orfanato seria mais feliz, mas para compensar depois apareceu um porco espinho. É quase igual não é? 🤔
Para a primeira refeição fora pós-confinamento escolhi o restaurante mais americano da cidade. Claro que estou a falar do Brunn’s Diner by Flashback que, apesar de estar no centro histórico da cidade, me levou para outra dimensão assim que coloquei um pé lá dentro. Basta procurarem imagens e sabem rapidamente do que estou a falar, porque aquele ambiente é muito americano-coiso.
Apareci numa linda hora de almoço às 11 da manhã – porque senão não havia mesas com distância de segurança – e fui atendida graciosamente por um dos membros do staff do Brunn's que, por sua vez, foi bastante simpático e se disponibilizou para tudo🙄 (até para se esquecer do meu pedido, mas já lá vamos). Então, é importante deixar este apelo a todos os trabalhadores (não só aos do Brunn's, mas a todos os que trabalham com o público): Malta, todos temos dias maus e nem todos trabalhamos no que gostamos, mas se calhar mais valia fazer de conta que gostamos do que fazemos, senão estamos a perder dinheiro! 💸 Adiante: neste espaço, além de ser diferente de todos os outros e de oferecer uma experiência única a quem deseja concretizar o sonho – de fast-food – americano, podemos encontrar uma grande esplanada, onde nos podemos sentir seguros ao lado das pombinhas que por ali passam e dos idosos que leem o seu jornal no jardim. E agora nem estou a brincar, senti-me mesmo bem e segura. Comecei por pedir uma boa dose de colesterol mascarada de batatas de cheddar e bacon que acabaram por cair no esquecimento do empregado e depois pedi um double burger bem ao estilo Trump, que fazia jus ao preço – estava bem saboroso e era de ótima qualidade! 🤤🤤
Para terminar em bom e para sobremesa, não pedimos nada porque aqueles hambúrgueres eram gigantes e não me cabia nem mais um grão de arroz na goela. 🤐 Resumindo muito rapidamente: relação qualidade/preço boa, devido à categoria do que é servido e empregados meh. Escusado será dizer que adorei o espaço e que a esplanada é incrível com ou sem covid. 😍😍
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