Textos sobre tudo e sobre nada. No fundo, uma plataforma para reclamar da vida e dos erros ortográficos das pessoas, senão não seria uma aluna de letras.
Textos sobre tudo e sobre nada. No fundo, uma plataforma para reclamar da vida e dos erros ortográficos das pessoas, senão não seria uma aluna de letras.
Todos nós temos coisas à venda no OLX – ou, pelo menos, todos deveríamos ter: não se perde nada – e, como tenho bastante tralha e bonecada à venda, os meus anúncios até costumam ser solicitados. Mas só não vendo mais porque, às vezes, parece que alguns “clientes” estão ali para testar a minha (pouca) paciência. Refiro-me aquela gentalha que me pergunta se o produto ainda está disponível (e com o termo “produto” não me refiro a droga, malta! 🙄) e depois desaparece com mais rapidez do que eu quando a minha mãe dizia que ia limpar a casa. Ou aqueles que são #ocupadíssimos e estão três dias para decidir a que horas é que se podem encontrar e, no fim, pedem para enviar por correio. É neste contexto que vos vou contar o que me aconteceu no mês passado:
Tinha, há muito tempo, uma barbie (nova) à venda na minha conta e, tal como o nome indica, ainda estava intacta dentro da caixa. Entretanto recebo uma mensagem e o diálogo segue abaixo:
- Boa tarde, ainda está disponível? Gostaria de ver mais detalhes da boneca. Seria possível enviar-me fotos do brinquedo fora da caixa? Os melhores cumprimentos
- *tirei a criatura cor-de-rosa para cá para fora e envio umas quantas fotos de vários ângulos e em diversas posições*
(não foram essas fotos que vocês estão a pensar, seus pequenos seres que precisam de ir à missa 😏🤣)
- Boa noite, porque é que a boneca está fora da caixa? É porque já foi utilizada!
- É que ela sofre de claustrofobia...
Posto isto, fui bloqueada pela pessoa em questão, perdi 25 euros (que já dava para um pão com manteiga na faculdade), mas a sanidade mental manteve-se intacta (valha-nos isso 🙄).
Curiosamente, no dia a seguir, tive mais uma pessoa interessada que era tão simpática que me convenceu a enviar a boneca embruxada à cobrança. Adivinhem? Isso mesmo, enviei e a senhora (que devia ter algum tipo de alzheimer) não foi levantar a encomenda porque “se esqueceu” (mesmo com as minhas 58 mensagens diárias) – e quem não se esqueceu foi a minha carteira, que teve que pagar o dobro. 💸💸
Os meus traumas e a minha experiência com o OLX fazem-me pensar que existe um tipo de máfia qualquer que faz os utilizadores ter prejuízo. Ou seja, na minha cabeça, existe toda uma equipa (algures na cave da sede da empresa em questão) que faz com que os vendedores tenham prejuízo e que o dinheiro desapareça como se fossem tampas de tupperware.
Então, este post vai dirigido a todos aqueles que têm essa patologia (cliente-bipolar-que-manda-mensagem-mas-está-só-a-ver) com o intuito de os fazer ver que nem todos vivemos com o objetivo de dar falsas esperanças aos pobres que vendem tralha na net. #AbaixoOsClientesBarbie
Chegamos aquela altura do ano que todos adoramos! Atrevo-me a dizer que é uma época tão boa que está (quase) ao nível de criancinhas a berrar desalmadamente no supermercado ou ao nível de todos os anjinhos condutores que não utilizam os piscas 💘💘 Sim, estou a referir-me ao carnaval que, o que tem de bom, é apenas a tolerância de ponto - e só se aproveita uma ínfima parte, porque #criançada 🙄
Quando me sugeriram escrever algo sobre este tema que me faz sentir uma alegria tão grande que me apetece atirar um tijolo à minha própria cara, respondi à pessoa em questão que não tinha nada a dizer acerca deste pseudo-evento-capitalista. Todavia, para quem não tinha nada a dizer, já se vai a alongar muito, mas a minha opinião acerca do carnaval é simples: não faz sentido... Vou ser muito sincera, o carnaval em Portugal é como o Natal no Brasil: os trajes - para mim - não fazem sentido absolutamente n-e-n-h-u-m. Longe de estar a julgar as vestes ou indrumentárias de cada um (principalmente das clássicas tugas #matrafonas), não entendo como é que - em Portugal - em pleno fevereiro as pessoas conseguem andar com tão pouca roupa, nem entendo como é que no Brasil (em dezembro) conseguem andar com os gorrinhos de pêlo do pai natal e ter uma consoada digna sem uma fogueira para aquecer a sala onde estão as tias a cuscuvilhar.
Para terminar este post que tem um tema que me deixa a transbordar de felicidade, no outro dia, em conversa com a minha mãe, disse que o carnaval brasileiro (para mim) era bom apenas e só pela picanha. Quantos somos da Team-Against-Carnaval-Mas-Tragam-Essa-Picanha? 🥰
Esta semana tive um professor que decidiu não dar aula e tirei um tempinho para ir procurar o baloiço-mais-instagrammável-do-instagram-de-Coimbra, mas nem seria dia se essa tarefa fosse simples para mim. Comecei por juntar uma excursão da terceira idade ou um rancho (como preferirem chamar) e fomos os 4 procurar o baloiço das básicas para os lados do Seminário Maior. Há dois anos que estudo em Coimbra e nunca tinha entrado em tal espaço que, à primeira vista, parece maior do que na realidade é: há um gigantesco jardim logo à entrada - que não é assim tãooooo gigantesco - e uma ponte de 4 entradas que, na verdade, não serve para nada e é só aesthetic. Depois, vestimos a pele de Dora aExploradora e, sem saber para onde ir, começámos a desbravar terreno pelo lado esquerdo. E adivinhem? Exatamente, O BALOIÇO ERA DO LADO DIREITO! Então este post serve para todos vocês, basiquinhos das redes sociais, não se perderem e me agradecerem as coordenadas que eu não tive. Pelos posts das #influencers #instagrammers #famosinhas que foram surgindo nas minhas redes sociais, o local em questão parecia-me mais acolhedor e mais calmo, porque nenhum desses posts me mostrou os andaimes na retaguarda e a fila gigante que há para fotografar o raça do baloiço. No entanto, verdade seja dita, a vista (não só do baloiço, mas de todo o Seminário Maior) é esplendorosa e merece ser apreciada por todos - sem ter uma senhora de 70 anos atrás a dizer repetidamente “Tenho de ir à casa de banho, mas está quase na minha vez de ir ao baloiço” #PrayForIncontinência. Ao fim da visita, que rondou a colossal quantia de 10 minutos (e já foi tempo a mais), decidimos aproveitar o sol que estava tapado pelas nuvens e passear pelo Jardim Botânico que é, sem sombra de dúvidas, um dos meus lugares preferidos na cidade. Um dia explico o motivo 🤭🤭
O dia dos namorados (aka dia em que os solteiros insinuam que todos os casais à face da terra têm uns belos enfeites na testa) foi anteontem e, como não poderia deixar de ser, este é mais um dia daqueles que eu não gosto. Mas como era o primeiro do J. e eu até lhe gosto de fazer surpresas, até me esforcei um bocadinho.😏 Caaaalma malta, não vou especificar esse tipo de surpresas! 🤣
Como #SomosTodosPobresMenosParaViajar optei, logo desde início, por pensar numa coisa simples, então lembrei-me logo daqueles quadros mesmo parolos e lamechas das constelações. Mas como não sou nenhum Rui Pinto e não consegui chegar ao nome da marca e o dia D já estava próximo, arranjei outra solução e comecei a fazer o meu próprio quadro. A minha inocência e as #influencers que fazem DIYs fizeram me acreditar que iria ser um processo bem simples e fácil, por isso pus mãos à obra!
Iniciei esta árdua missão por pesquisar a constelação que eu queria, as coordenadas e comecei por trabalhar no publisher – sim, eu sei que em 2020 ninguém usa isso, mas o word é mainstream e nós gostamos é de desafios. 💪
(just kidding, desisti do publisher nos primeiros 5 minutos, depois de quase partir o computador por não conseguir mudar a cor da folha)
Continuando, depois dessa trabalheira toda que acabou por me roubar 2 ou 3 horas – sim, eu sei que foi tempo a mais, mas já disse que não sou nenhum Rui Pinto! – fui à loja mais barata que existe aqui nos arredores e comprei uma moldura. Ah, se eu soubesse (desde início) que encontrar uma moldura preta A4 era como encontrar o meu cão quando lhe digo que é para tomar banho… 🤦♀️ Mas pronto, acabei por trazer uma lata de spray preto e uma moldura dourada, depois tive que vestir a pele de um maninho dos graffitis e fazer de conta que não ia morrendo sem oxigénio. Escusado será dizer que esse cheiro ficou entranhado no meu cabelo durante 3 dias e que ainda existem resquícios na varanda que, coitadinha, ficou abandonada desde então. Depois de esperar 1 dia e meio para secar, porque aquela tinta devia ter algum componente de efeito retardante (como aqueles preservativos que a *marca que vende cujo nome não vai ser mencionado porque não patrocina* dispõe) meti a folhinha polémica lá enfiada e puf: temos prenda pirosa para o dia dos namorados!
E, como sei que se estão a perguntar se o J. gostou, vou vos dizer: sim gostou, nem poderia ser de outra forma! De qualquer maneira, posso dizer-vos que foi uma boa aposta e ficou bastante em conta. Agora, vou dar-lhe um quadro destes todos os anos até o rapaz se cansar de ver o céu.